Um dia vou lavar o sangue das minhas mãos,
Agora não.
Ainda preciso das mãos sujas
Para me lembrar dos golpes pretéritos,
Das pessoas que fui perdendo no caminho.
Ainda é cedo para as lavar.
Um dia vou desprender-me de quem fui
E focar-me em quem sou,
Agora não.
Ainda preciso de olhar por cima do ombro
Para não me esquecer das quedas passadas,
Das pessoas que fui perdendo no caminho.
Ainda é cedo para cortar a corda.
E eu nem sei se tenho saudades de ti
Ou se é pena de ver a tua vida continuar
Sabendo que já nem do meu nome te lembras.
Se ao menos tivesses sangue nas tuas mãos...
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