24/04/10
Já há muito tempo que não acordava assim. É o sentimento de perder o meu mundo. É o sentimento de não ter ninguém. É o sentimento de não ser amada. E agora lembrei-me de que acordar assim não é acordar profundamente triste. É acordar profundamente vazia. Como se, como se as palavras fossem todas demasiado pesadas para ser proferidas, ou como se as palavras leves não entrassem dentro de mim. Consigo rir-me, mas não consigo chorar. Aliás, o choro vem em períodos curtos e torrenciais, como as chuvas. Depois, o vazio desaparece um bocadinho. Mas volta sempre. Caraças, que volta sempre. Já há muito tempo que não acordava assim.
23/04/10
Sou muito de sofrer mais que o necessário, antes do tempo adequado, por motivos mesquinhos. Sou muito de exagerar nas coisas más. Depois, as cosias boas passam por mim sempre no superficial. É raro viver algo de bom de corpo e alma, há sempre uma parte de mim que fica de pé atrás, ou com o pé pousado no chão. Por isso, não me leves a mal, mas eu às vezes grito muito alto, choro muito tempo, critico muito tudo.
21/04/10
19/04/10
15/04/10
Tudo o que tenho sentido é: cansaço (físico, moral, psicológico, sentimental) e sensação de falha; sinto-me alheada do mundo, a flutuar na minha mente, e a afundar-me mais e mais nos meus erros pequeninos. É das piores sensações que se pode ter. Pior ainda se for entre-cortada com dores quentes no peito, daquelas que misturam sentimento de impotência, com injustiça, raiva e tristeza. E a tua ausência, em todos os sentidos.
E depois, é claro, as lágrimas estão sempre à beira de rebentar.
Odeio sentir-me pequenina.
Odeio sentir-me fraca.
Odeio sentir-me imperfeita.
Odeio sentir esse teu ódio por mim.
Odeio sentir-me fraca.
Odeio sentir-me imperfeita.
Odeio sentir esse teu ódio por mim.
E não me venhas dizer que não me odeias. Porque eu sei o que sinto, e sinto ódio nos teus olhos, na tua voz, na ausência de um sorriso sincero, nas palavras sarcásticas, em todo o lado. Não. Por mais que me ames, não ouses negar que me odeias.
14/04/10
13/04/10
Quando é que vamos parar com isto? Largar as armas, as palavras contundentes, e deixar de atirar pedras um ao outro? Quando é que vamos dar descanso à dor, e adormecer em paz um com o outro? Quando é que eu vou deixar de tremer por ti a cada acto meu? E quando é que tu vais deixar de me fazer tremer a cada acusação tua? Quando é que vamos parar com isto e ser sempre bem, não só quando estamos juntos?
PS.: Andas muito mortinho, meu espelho, espelho.
07/04/10
(...) E pronto. É assim que as palavras se voltam a enterrar no fundo de mim. Não foi desta que as consegui desenterrar. E agora?: a velha sensação de vazio. É quente, o vazio. Morno, vá. É isso: é um silêncio morno na minha mente, no meu peito, e as lágrimas que se desprendem dos meus olhos e escorrem pela minha face. Já não me sinto cheia de palavras: perdi-as na frustração, na raiva, na mudez. E tudo o que me sai é forçado, é pensado, é intencional. Voltei a ter palavras na cabeça, esconderam-se, de novo, as do coração.
06/04/10
No future there is no past, no slow there is no fast, no grace with which to admire, no face there is no desire, no symmetry or peace, no sirens or police, no cameras and no phones, no photographs and no tones. I get that feeling, when we’re apart, I get the teaching that I can’t be without you, without you babe.
05/04/10
Ora bem, a partir de agora (e pelo menos até eu mudar de ideias), poemas, textinhos e escritos artísticos, aqueles que têm escasseado, vão para o-meu-céu-púrpura. No meu mirror, mirror ficam as filosofias do dia-a-dia e os desabafos.
Apetece-me mudar, apetece.
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03/04/10
Lloret foi rico em frases. E em fotos! E agora tenho mais três milhões e cinquenta e cinco fotos para pôr aqui, mas, infelizmente, estou cheia de preguiça.
02/04/10
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