29/06/12
Ouvi dizer que te perdeste,
mas isso já eu sabia.
Quis eu fingir que me perdera
para justificar o desencontro,
mas quem se desencontrou não fui eu.
E se te perdeste
também ela se perdeu,
e isso quer dizer
que finalmente percebi
o porquê do desencontro.
Como podemos viver em paralelo?
Como podemos crer que nos tocámos?
Como posso crer que te conheci?
Como posso fingir que te vi?
Ouvi dizer que te perdeste,
mas nada há de novo aí.
Sempre viveste fora daqui.
E não há nada de especial
em ser especial
e fingir ser igual.
Ouvi dizer que estás perdido,
sei que também ela se perdeu,
talvez um dia vos ensinem
que não há nada de grande em ser pequeno
e nada de corajoso em ser cobarde.
Talvez aí nos possamos encontrar.
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1 comentário:
"não há nada de grande em ser pequeno e nada de corajoso em ser cobarde..." - este é somente um dos muitos trechos que me encantaram em seus escritos. A escrita normalmente me encanta, mas deve ser boa, como a sua é.
Se os livros lhe interessam, dê uma olhada no que escrevi sobre aqueles que os amam em: www.minasdemim.blogspot.com
Abraço!
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