Acalma os ânimos,
sustém o medo,
nas voltas que o mundo dá,
vamos e vimos,
e por mais que percamos,
recuperamos,
retomamos,
renascemos e voltamos.
Engole os soluços,
suga o oxigénio do ar,
volta a ti,
volta a ti,
nas voltas que o mundo dá,
não está nada perdido,
nada irremediado,
nada é para sempre
e o sempre não é bom.
Nas voltas que o mundo dá
voltarás sempre a ti
nunca fugirás do teu lugar,
nunca perderás o teu lugar,
o pior que te acontece
é girares sobre ti mesmo.
Por isso morde essa língua tremente,
agarra na minha mão dormente,
porque por mais que percamos,
vamos sempre voltá-lo a ver.
24/05/12
23/05/12
é isto amar
Love of mine, some day you will die but I'll be close behind, I'll follow you into the dark. No blinding light or tunnels to gates of white, just our hands clasped so tight waiting for the hint of a spark.
06/05/12
o que tens de saber sobre mim se me fores amar, V
Nunca vou deixar de ser assim. Todos crescemos e aprendemos a dominar-nos, e eu tenho de colmatar esta grande falha de autocontrolo emocional aos poucos e poucos, um passinho a cada dia. Mas por dentro, garanto-te, nunca vou deixar de ser assim. Vão sempre haver pequenas frustrações, pequenos medos, e com eles grandes tempestades. Nunca vou deixar de ser assim mas vou aprender a sê-lo apenas dentro de mim.
05/05/12
fragmentos
E encontrei-te. Respirei fundo debaixo do mar, é como reaprender a nadar. E se um dia eu for alguém quero ter tudo guardado em caixinhas decoradas. É bom fechar os olhos e ver luz à minha frente, é bom sentir-me arrastar pela corrente. É bom ter no teu pescoço um sítio onde me deitar. É bom reaprender a amar. Gosto como me suspendes, não vás nunca e nunca me deixes ir.
02/05/12
Disse-lhe assim, um pouco alto demais: fosse eu saber o que agora sei, seriam menos as lágrimas. Mas logo me apercebi quão falsa soava tal asserção correndo dos meus lábios. Não há forma de esgotar estes olhos, que ele diz que são grandes e brilhantes, não há forma de os calar, são como fontes jorrantes (será por isso que brilham?), como pássaros cantantes, como rios desgastantes. E a água que deles jorra é como mel adocicado que me deixa as bochechas rosadas de açúcar. E ele vem mordê-las, beijá-las, cheirá-las com uma inspiração forte com que percorre o meu rosto todo. E então calei-me, engoli os medos (estes que sempre caminham no limbo da histeria), agarrei-lhe os dedos, e trouxe-os para o meu peito. Vês como bate tão rápido? Fosse eu saber o que agora sei, teria devolvido a encomenda onde me veio o coração.
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