É fácil esquecer a importância da imprevisibilidade.
É difícil perceber onde está a sanidade.
E se por um lado é um alívio pensar no que temos pela frente,
naquilo que de futuro vai ser o presente,
já não temos forças para andar no escuro
e magoar as pernas nas esquinas pontiagudas.
As horas redondas passaram a bicudas.
Ver o caminho não é mais fácil que tentar tacteá-lo?
Estar de joelhos no chão, pegar no corpo e arrastá-lo?
Queremos sorrir mas esquecemo-nos como.
Como foi que se perdeu tanta gente?
Como foi que se esqueceu a vontade?
Como foi que se foi a verdade?