Quando avançamos, há coisas que ganhamos.
E há coisas que perdemos.
“Por favor, vai-te embora.”
Uma frase recorrente
Que continua a ecoar na minha cabeça.
“Porque é que tens de matar o meu tempo?
Desperdiçá-lo com mentiras?”
Depois, lembro-me das lágrimas.
“Vai-te embora, não voltes.”
Lembro-me da porta a fechar-se
Como uma figura perfeita do meu coração:
Fechado, para sempre encerrado.
“Vai-te embora… vai…”
Repeti e repeti estas palavras pela noite fora.
Baixinho, como um lamento.
E, pela noite fora, esperei que abrisses a porta do meu quarto
E regressasses.
Há sempre coisas que perdemos, no caminho.
4 de Agosto de 2009
1 comentário:
é sempre complicado aceitar que o melhor é deixar ir quando não se quer.
tentamos sempre ser fortes, dizer 'vai-te embora', mas no fundo esperamos que a porta se abra outra vez. sabemos que nos faz mal, mas mesmo assim continuamos a querer.
os seres humanos são seres complicados e estranhos.
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