20/11/09

Ódio

Deixa-me de rastos.
Abala-me toda.
Eu autorizei-te a fazeres-me sofrer
E sim, devia ter mais cuidado com as minhas palavras,
Mas agora é tarde demais.
Eu já sou toda tua.
E tu não és nada meu.
Tu és todo um exclusivo de palavras para mim
E as palavras que me dizes, dizes a muitas.
Por isso, continua:
Deixa-me de rastos com a tua indiferença;
Arranca-me a vontade com as tuas acções;
Faz-me sofrer com as tuas palavras.
Por mais que o meu ódio cresça
Nunca o dirigirei a ti.
O meu ódio vai todo de mim para mim.
Odeio-me.
Odeio-me profundamente.
O meu ódio chega a suplantar os sentimentos bons
Que (infelizmente) nutro por ti.
Fazes-me odiar-me muito,
Por não ser boa que chegue,
Forte que chegue,
Racional que chegue.
Fazes-me odiar-me profundamente,
Por seres tanto para mim,
Sem que eu seja alguma coisa para ti.
Por isso, força, magoa-me
E leva o que resta de bom em mim.
Para que é que me quero
Se tu não me queres?

20 de Novembro de 2009

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