05/01/10

A minha alma é uma caixa de cartão cor-de-rosa,
Encharcada pela chuva,
Encolhida pelo sol.
É uma caixa de cartão rasgada pelas mãos das crianças
E colada pelas tuas mãos.
É uma caixa de cartão pousada no chão,
Porque perdeu a prateleira,
Perdeu o lugar na gaveta,
Perdeu a tampa.

É uma caixa de cartão que foi perdendo,
Com o intuito de não se perder.

5 de Janeiro 2010

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