04/02/10

O amor é uma luz branca e fria da manhã, mas que nos aquece as mãos e a garganta com saudades. É a minha cabeça encostada no teu peito quente, os teus beijos na minha cabeça enquanto os teus nós dos dedos me afagam as bochechas. É mexer no teu cabelo. É abraçar-te com muita força e sentir-me a engolir nos teus braços e ainda assim nunca estar perto o suficiente. É ver-te de olhos fechados e poder olhar-te sempre, para sempre, sem nunca me cansar. É o teu pulsar acelerado debaixo do meu ouvido. E a tua respiração. É os teus dedos quentes e macios a percorrer os meus dedos. É os teus olhos de cor indefinida muito abertos a olhar para mim. E o teu lábio que sobe mais no lado direito. É a tua barriga, o teu pescoço, o teu nariz. É tudo teu. És tu. És tu e as minhas saudades, na minha cama tão vazia.

4 de Fevereiro de 2010

2 comentários:

Henrique Santos disse...

É tão bom sentirmo-nos assim tão bem não é inês ? =D

Li... disse...

"e ainda assim nunca estar perto o suficiente". Sempre me parece que por mais perto que esteja de quem amo, ainda estou longe. Lindo texto!