Ultimamente estes pensamentos têm-me surgido nas horas mais inconvenientes. Estes pensamentos que são mais sentimentos em relação ao passado do que ideias propriamente ditas. O passado de que eu tenho tantas saudades é o agora. E os meus sentimentos são os de amanhã, daqui a uns tempos, um ano ou dois. Não quero mudar, não quero que tu mudes, não quero que nada mude. No entanto, aqui estou eu já a afastar-me do mundo de agora, já a tentar desprender-me devagarinho para doer menos. Tu continuas a ser a única coisa do hoje que eu não largo nem quero largar. Mas o mundo, esse, está cada vez mais longe: o mundo tem conversas que eu não entendo e piadas que não é suposto eu entender; o mundo tem segredos que não são meus; o mundo levanta-se das cadeiras, fecha as portas, vai-se embora e já não se despede de mim, porque eu não me tenho despedido do mundo. E, bem, ultimamente estes pensamentos têm-me surgido nas horas mais inconvenientes. E todos pensam que a névoa nos meus olhos é a falta de ti. E se calhar até é. Porque há-de o mundo estar errado?
1 comentário:
O mundo muitas vezes sente falta de ti para conversar. E não, não estou a dizer que tu tens culpa. A culpa é do mundo. Mas o mundo anda cada vez mais destruído, não tem forças para se levantar e sente-se cada vez menos importante. Mas repito, a culpa é do mundo.
(e peço desculpa mas não consigo. não quero que nos chateemos, por isso não falo. é errado, eu sei, mas não aguento ficar sem mais alguém com tamanha importância.)
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