5 de Maio de 2010
09/05/10
perdido no moleskine:
Eu podia fechar os olhos agora, deitada na cama, embrulhada nos lençóis, e fingir. Fazer de conta que tu estás deitado ao meu lado, a abraçar-me a cintura, a dar-me beijinhos na nuca, a largar uma das mãos para me afagar o cabelo. Podia chegar-me mais para o meio da cama, como se me estivesse a chegar mais para ao pé de ti - porque tu nunca estás, nunca estiveste, próximo que chegue, desde aquela vez em que a gravidade me puxou para ti. Mas a verdade é que isso tudo só ia fazer-me sofrer mais a tua ausência, desejar mais que aqui estivesses. É que, sabes?, hoje não tive um dia muito bom e não queria mais uma noite sozinha. Agora, preciso de ti. Mas vou guardar estes meus pensamentos no canto da mente, encerrá-los nas páginas que escrevi, e dormir a pensar em nada, que o nada não me dói.
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3 comentários:
gostei tanto destas palavras, inês.
oh inês acho que isso é o maior elogio que eu já poderia ter recebido.
eu sei (: e foi isso que me fez ficar com um sorriso enorme.
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