08/09/10

Não sei onde estou. Não sei o que quero. Não sei porque tenho o coração apertado, porque me doem as costas, porque é que hoje sonhei que o mundo ia acabar e nos íamos todos transformar em aliens e tu não estavas lá. Não sei que música quero ouvir, qual é a minha cor preferida ou porque é que tenho lágrimas presas atrás dos olhos. Não sei porque me dói a cabeça. Não sei porque é que estou triste. Não sei sequer se estou triste. Não tenho certeza de nada e caminhar de olhos fechados nunca funcionou comigo. Por isso não caminho. Fico parada todo o dia, sentada todo o dia, à espera que alguma coisa aconteça, sem saber realmente do que estou à espera. Não me consigo sentir e isso bloqueia o meu raciocínio. Perdi-me. Na realidade, parece que nunca me cheguei a encontrar, mas tu abafaste a incerteza durante uns tempos. E agora o teu poder acabou. E aqui estou eu. Sou um pássaro preto, preso a uma gaiola aberta. Outra vez.

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