04/11/10

Que sentido faz guardar as tuas antigas palavras, se as palavras que dizias já não as sentes agora? Que sentido faz sonhar contigo se já não te deitas na cama a pensar em mim? Que sentido faz ter saudades tuas se tu não és quem eras e quem tu eras parece que já não vem? Que sentido faz chorar no presente a querer de volta o passado? Se eu fosse como tu, não queria saber do passado. Se eu fosse como tu, nunca chorava. Se eu fosse como tu, era mais feliz. Mas não, sou a Inês. E não gosto de ser a Inês. Não gosto de ser  a Inês.

(e é assim que o Sebastião Cruz fica cheio de lágrimas)

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