Cinco da manhã e eu estou pronta para tudo.
26/03/10
25/03/10
Não há palavras para expressar a minha dor. Eu podia tentar descrevê-la, tentar reproduzi-la, mas não é possível. E não, não é a mais extraordinária das dores. Mas é constante. E dói-me a mim, constantemente. E bastava uma palavra, um sorriso, até, para a dor atenuar. Mas ultimamente, só tenho ouvido silêncio de ti.
23/03/10
As horas
As horas andam a passar muito rápido,
Agora que começou a Primavera.
O tempo é a força maior do universo.
O tempo vence tudo:
A maior das felicidades,
A mais profunda das dores,
A ausência, a presença,
O calor e o frio.
Tudo é tomado pelo tempo,
Tudo é ultrapassado pelo tempo.
Lembro-me de a ver sentada no parapeito da janela,
Abraçada ao peito para não deixar fugir o coração,
Ou o que ele guardava.
O amor era o mais precioso dos seus tesouros,
Mas o amor é fraco e perecível
Quando confrontado com as horas.
O relógio tiquetaqueava baixinho:
O tempo – uma presença constante,
Um avanço que persiste,
Um monstro que consome.
Mas o relógio era pequeno,
E tiquetaqueava baixinho
Nessas manhãs solarengas
Em que ela olhava para a rua sem ver nada.
Ela dizia-me para sentir tudo ao máximo,
Puxar os sentimentos para fora
Para os puder sentir na pele,
Porque um dia eles iriam embora.
E, no mesmo gesto com que proferia o ponto final,
Empurrava o relógio pelo parapeito a baixo
Para ele deixar de tiquetaquear.
É o maior dos sufocos, o de ouvir as horas a passar.
Agora que começou a Primavera.
O tempo é a força maior do universo.
O tempo vence tudo:
A maior das felicidades,
A mais profunda das dores,
A ausência, a presença,
O calor e o frio.
Tudo é tomado pelo tempo,
Tudo é ultrapassado pelo tempo.
Lembro-me de a ver sentada no parapeito da janela,
Abraçada ao peito para não deixar fugir o coração,
Ou o que ele guardava.
O amor era o mais precioso dos seus tesouros,
Mas o amor é fraco e perecível
Quando confrontado com as horas.
O relógio tiquetaqueava baixinho:
O tempo – uma presença constante,
Um avanço que persiste,
Um monstro que consome.
Mas o relógio era pequeno,
E tiquetaqueava baixinho
Nessas manhãs solarengas
Em que ela olhava para a rua sem ver nada.
Ela dizia-me para sentir tudo ao máximo,
Puxar os sentimentos para fora
Para os puder sentir na pele,
Porque um dia eles iriam embora.
E, no mesmo gesto com que proferia o ponto final,
Empurrava o relógio pelo parapeito a baixo
Para ele deixar de tiquetaquear.
É o maior dos sufocos, o de ouvir as horas a passar.
21/03/10
Estou com tanto sono que não consigo raciocinar. Não consigo focar o ecrã do computador.
E depois lembro-me desta música,
que me lembra tanto, tanto, destes tempos.
E depois lembro-me desta música,
que me lembra tanto, tanto, destes tempos.
20/03/10
19/03/10
18/03/10
Acho que tenho sono crónico.
Well, show me the way to the next whiskey bar. Oh, don't ask why. Oh, don't ask why. For if we don't find the next whiskey bar, I tell you we must die, I tell you we must die, I tell you, I tell you, I tell you we must die! Oh, moon of alabama, we now must say goodbye. We've lost our dear old mama, and must have whiskey, oh, you know why.
17/03/10
16/03/10
Ontem à noite, quando tentava adormecer por entre lágrimas ao som de babyshambles, pensei no que dirias se soubesses do meu estado. E conclui que ignorarias as lágrimas e elaborarias um comentário sarcástico qualquer acerca de babyshambles. Depois, pensei no que farias se estivesses ao meu lado, a ouvir as minhas lágrimas, a sentir o meu corpo tremer, e não consegui imaginar nada que não uns olhos frios e distantes, que não olham para mim, nunca para mim. E as lágrimas cresceram com a ideia de te ter ao meu lado, sem estares verdadeiramente comigo.
14/03/10
"Há autores que consideram que, embora numa primeira fase as semelhanças interindividuais sejam um factor de aproximação, no desenvolvimento de uma relação, as pessoas são atraídas por características que elas não possuem: são as assimetrias das características que tornam o outro atraente, na medida em que complementam."
Humm. Humm.
Pela janela
Hoje, quando olhei pela janela,
Não vi o céu, nem as nuvens,
Não vi a luz morna no sol,
Que vai e vem, inconstante,
Não vi nada,
Só vi silêncio.
O vento não sopra,
Não há luz, nem morna nem fria,
Não há céu, nem nuvens,
Nem ramos de árvores.
Não há som,
Não há risos,
Não há lágrimas
Não há nada.
Nem bom, nem mau,
Nem nada.
Só há silêncio:
Um enorme espaço vazio cheio de silêncio.
Hoje, quando olhei pela janela,
Vi o mundo sem te ter.
Não vi o céu, nem as nuvens,
Não vi a luz morna no sol,
Que vai e vem, inconstante,
Não vi nada,
Só vi silêncio.
O vento não sopra,
Não há luz, nem morna nem fria,
Não há céu, nem nuvens,
Nem ramos de árvores.
Não há som,
Não há risos,
Não há lágrimas
Não há nada.
Nem bom, nem mau,
Nem nada.
Só há silêncio:
Um enorme espaço vazio cheio de silêncio.
Hoje, quando olhei pela janela,
Vi o mundo sem te ter.
Dói-me a cabeça e as lágrimas não ajudam.
Temos andado por caminhos tortos, porque eu tenho andado a puxar muito para mim. Temos andado com nós na garganta, porque eu tenho andado a gritar muito por mim. Temos andado com lágrimas nos olhos, porque eu tenho andado a chorar muito por mim.
Desculpa. Talvez eu não seja quem tu precisas.
Podemos andar por caminhos tortos, com a alma em dor, a tropeçar um no outro, por causa de mim, sempre por causa mim, mas o teu abraço sabe-me sempre a casa, sabe-me sempre ao certo, sabe-me sempre a nós.
Eu sei-me fazer pequenina. Mas agora não,
Agora quero ser grande.
Desculpa. Talvez eu não seja quem tu precisas.
Mas eu preciso muito de ti.
Sempre.
Temos andado por caminhos tortos, porque eu tenho andado a puxar muito para mim. Temos andado com nós na garganta, porque eu tenho andado a gritar muito por mim. Temos andado com lágrimas nos olhos, porque eu tenho andado a chorar muito por mim.
Desculpa. Talvez eu não seja quem tu precisas.
Podemos andar por caminhos tortos, com a alma em dor, a tropeçar um no outro, por causa de mim, sempre por causa mim, mas o teu abraço sabe-me sempre a casa, sabe-me sempre ao certo, sabe-me sempre a nós.
Eu sei-me fazer pequenina. Mas agora não,
Agora quero ser grande.
Desculpa. Talvez eu não seja quem tu precisas.
Mas eu preciso muito de ti.
Sempre.
13/03/10
E agora, esta música trouxe-me lágrimas pequeninas, daquelas que vêm do peito e ficam lá presas, porque são demasiado pequeninas para subir até aos olhos. E eu sei porquê, eu sei.
12/03/10
Nós feitos de dor
O mundo é estranho.
Às vezes dizemos coisas que não queremos dizer,
Não por não serem intencionais,
Mas por nos doerem a dizer.
Outras vezes as palavras saem-nos da boca,
Como nós na ponta de um fio,
Que temos de puxar,
Desenrolar,
Levando-nos a conclusões inesperadas.
Às vezes arrependemo-nos das nossas palavras.
Mas elas são nossas:
Se as dizemos é porque estão em nós
E se estão em nós, deviam ser todas ditas.
Podem ser mentiras, e nós sabemos,
Mas se as dizemos é porque alguma parte de nós acredita nelas,
E se assim é, deviam ser todas ditas.
É por isso que o mundo é estranho.
Porque o mundo não é feito de palavras,
Mas são as palavras que fazem o mundo.
Às vezes dizemos coisas que não queremos dizer,
Não por não serem intencionais,
Mas por nos doerem a dizer.
Outras vezes as palavras saem-nos da boca,
Como nós na ponta de um fio,
Que temos de puxar,
Desenrolar,
Levando-nos a conclusões inesperadas.
Às vezes arrependemo-nos das nossas palavras.
Mas elas são nossas:
Se as dizemos é porque estão em nós
E se estão em nós, deviam ser todas ditas.
Podem ser mentiras, e nós sabemos,
Mas se as dizemos é porque alguma parte de nós acredita nelas,
E se assim é, deviam ser todas ditas.
É por isso que o mundo é estranho.
Porque o mundo não é feito de palavras,
Mas são as palavras que fazem o mundo.
11/03/10
09/03/10
Eu disse-te para parares e tu não paraste. Prosseguiste nas tuas palavras duras, vazias e carregadas de dor, e nunca, nunca olhaste para mim.
E vais continuar assim, até ires até ao fim, até não aguentares mais, até me fazeres gritar. Porque eu vou contigo, vás tu onde fores, como se fosse sugada por ti. Não há escolha: mesmo que eu queira ser livre, há sempre paredes à minha volta a apertar-me, quando tu não olhas para mim. E eu quero gritar-te, bater-te, morder-te, agarrar-te e, depois, exausta, abraçar-te a chorar.
Não. Não quero fechar-me em ti, dentro de ti, como se eu não fosse mais eu.
E então, disse-te para parares e tu não paraste: fizeste da tua voz baixinha, e, sem me olhar nos olhos, prosseguiste nas tuas palavras duras, vazias e carregadas de dor,
a puxar-me,
a sugar-me,
a fechar-me,
dentro e dentro de ti.
07/03/10
06/03/10
05/03/10
O mundo tem andado um nonsense e este, ao menos, tem piada!
- Ainda ontem me disseste "Então e o que disse a tua mãe?" e eu respondi "ORA, TOMA LÁ MAIS UM!". A cena mais engraçada foi quando lhe fiz grande head shot com a minha guitarra ou quando apareceu aquele lobo gigante que fez um backflip e aterrou na base das Lajes. Ouvi dizer que ele foi convidado para a ONU, como representante da Nigéria! O que acho estranho, até porque ele não usa bengala.
- Mas isso não tinha sido o Johny Depp no 25 de Abril de 1974? Ah, esquece, estou a confundir tudo! Isso foi quando a Branca de Neve disse "Tragam-me um aspirador!" e depois houve uma revolução.
- Mas a sério, que achas do corte de cabelo dele? Eu prefiro meias azuis...
- Acho que fica super mal com a nova pintura da casa!
- A sério? É que eu ia jurar que ele era gay... Estou chocado!
- Gay? Credo! Então mas a mãe dele disse-me ontem que estava grávida! Não pode!
- Olha!, mas ela não tinha comprado aquele Honda Civic? É que ainda ontem a vi na Lapónia, com uma saia azul e eu disse cá para os meus botões "Então, mas tu queres ver Zé António, que o Benfica vai ganhar?". Foi aí que a casa foi abaixo...se tu visses! Era ver para crer! A cena mais tramada foi quando o Yannick Djaló apareceu e me disse "Então, zona de fumadores ou não fumadores?"
- Ahahaha, e depois chamaste os bombeiros?
- Não, liguei-lhe a dizer que ia chegar atrasado!
- Ah, fizeste bem, até porque senão o chocolate ainda se estragava...
- Pois, ainda por cima, comprei-o na papelaria da escola...
- Na papelaria da escola? Então não tinha sido no Minipreço?
- Não! Se calhar até foi ali, na Beirapet... Já não sei. O que importa é que tudo correu bem. Acho que vou tirar 18! Isto se o corta-relvas não decidir deixar de funcionar...senão, aí é que a massa com atum fica mesmo estragada! E depois chega a minha mãe e diz "então, achas isto bem? Tudo cheio de migalhas? Vê-se mesmo que não sabes conduzir!"
E sim, eu perdi a batalha.
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