29/06/10
perdido no moleskine:
Este é o verdadeiro sentimento agri-doce.
Ter as lágrimas presas no peito, sentir o coração a batar, ansioso, e estar triste e feliz ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
Preciso de um abraço.
Ter as lágrimas presas no peito, sentir o coração a batar, ansioso, e estar triste e feliz ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
Preciso de um abraço.
Agora.
9 de Maio de 2010
28/06/10
3:00
Um dia pediste-me que saísse da minha bola de vidro,
Eu eu disse não .
Enquanto o mundo gira, eu fico.
Não vou,
Não cedo,
Não me deixo embalar em canções,
Não baixo os braços no mar,
Não ando à chuva para não me molhar.
Por isso é que não me vês aí arrastada por marés,
Enrolada na areia fria da noite,
Desesperada com o emaranhado da minha vida.
Toda a confusão que há em mim está fechada num círculo de vidro,
Como os meus papéis enfiados numa gaveta funda,
Como o pó varrido para debaixo do tapete.
Enquanto o mundo gira,
Eu permaneço estática dentro da minha bola.
Eu vejo-os chorar, eu vejo-os morderem-se,
Eu vejo-os berrar, arrancar os cabelos,
Eu vejo-os cair, eu vejo-os desistir,
Eu vejo-os a tentar de novo, mais uma, só uma vez,
Eu vejo-os errar.
Aqui, de dentro da minha bola, eu vejo tudo.
E julgo. E condeno.
Mas o que fica no fim
É uma intensa vontade de arrumar a desordem.
Enquanto o mundo gira,
E enquanto eu não giro,
Tu pensas que, sim, é fácil viver longe de tudo,
E longe de tudo, avaliar.
E eu digo: sim, é fácil, mas não é mais fácil do que deixar-me levar.
Se eu quisesse eu era como eles todos,
Bastava deixar de me importar,
Mas o que eu quero é viver dentro de uma bola de vidro.
Não me nego a sentir, eu quero sempre sentir tudo,
Mas quero senti-lo à minha maneira.
Um dia pediste-me que saísse da minha bola de vidro,
Eu eu disse não.
Mas posso deixar-te entrar, se quiseres.
Eu eu disse não
Enquanto o mundo gira, eu fico.
Não vou,
Não cedo,
Não me deixo embalar em canções,
Não baixo os braços no mar,
Não ando à chuva para não me molhar.
Por isso é que não me vês aí arrastada por marés,
Enrolada na areia fria da noite,
Desesperada com o emaranhado da minha vida.
Toda a confusão que há em mim está fechada num círculo de vidro,
Como os meus papéis enfiados numa gaveta funda,
Como o pó varrido para debaixo do tapete.
Enquanto o mundo gira,
Eu permaneço estática dentro da minha bola.
Eu vejo-os chorar, eu vejo-os morderem-se,
Eu vejo-os berrar, arrancar os cabelos,
Eu vejo-os cair, eu vejo-os desistir,
Eu vejo-os a tentar de novo, mais uma, só uma vez,
Eu vejo-os errar.
Aqui, de dentro da minha bola, eu vejo tudo.
E julgo. E condeno.
Mas o que fica no fim
É uma intensa vontade de arrumar a desordem.
Enquanto o mundo gira,
E enquanto eu não giro,
Tu pensas que, sim, é fácil viver longe de tudo,
E longe de tudo, avaliar.
E eu digo: sim, é fácil, mas não é mais fácil do que deixar-me levar.
Se eu quisesse eu era como eles todos,
Bastava deixar de me importar,
Mas o que eu quero é viver dentro de uma bola de vidro.
Não me nego a sentir, eu quero sempre sentir tudo,
Mas quero senti-lo à minha maneira.
Um dia pediste-me que saísse da minha bola de vidro,
Eu eu disse não.
Mas posso deixar-te entrar, se quiseres.
27/06/10
Love is real, real is love, love is feeling, feeling love, love is wanting to be loved. Love is touch, touch is love, love is reaching, reaching love, love is asking to be loved. Love is you, you and me, love is knowing, we can be. Love is free, free is love, love is living, living love. Love is needing to be loved. ♥
#2
Pulp Fiction
- Don't you hate that?
- What?
- Uncomfortable silences. Why do we feel it's necessary to yak about bullshit in order to be comfortable?
- I don't know. That's a good question.
- That's when you know you've found somebody special. When you can just shut the fuck up for a minute and comfortably enjoy the silence.
24/06/10
Quanto mais estudo história, quanto mais leio revistas, quanto mais vejo televisão, quanto mais falo com as pessoas, quanto mais observo os seus actos, mas me sinto sufocada pela imensa confusão que tudo isto é, mais me sinto como no meu quarto desarrumado e me apetece pegar em tudo e fechar em gavetas, colocar nas prateleiras, arrumar. O mundo é uma desarrumação. As pessoas fazem o oposto do que devem, invariavelmente. E deixam o mundo degradar-se, a pouco e pouco, porque custa mais parar para pensar do que olhar para a confusão da vida e ordená-la de acordo com o correcto.
23/06/10
#1
Memento
«I have to believe in a world outside my own mind. I have to believe that my actions still have meaning, even if I can't remember them. I have to believe that when my eyes are closed, the world's still there. Do I believe the world's still there? Is it still out there?... Yeah. We all need mirrors to remind ourselves who we are. I'm no different.»
«I have to believe in a world outside my own mind. I have to believe that my actions still have meaning, even if I can't remember them. I have to believe that when my eyes are closed, the world's still there. Do I believe the world's still there? Is it still out there?... Yeah. We all need mirrors to remind ourselves who we are. I'm no different.»
*a partir de agora vou publicar aqui os filmes que vou vendo, nos dias em que os vejo, os respectivos trailers (basta clicar no título) e as frases memoráveis; depois, quando tiver paciência, quero passar isto tudo para um caderninho e quero fazer o mesmo com os livros - sim, sim, sou maníaca do registo.
22/06/10
13/06/10
12/06/10
Hoje tive uma crise de excesso de compreensão do mundo. A culpa é do Pessoa, que me conduz ao pensamento. E toda a gente sabe que pensar de mais faz mal, e é o que eu sempre faço: pensar e analisar e compreender e avaliar. E depois tenho dias em que apetece gritar ao mundo e às pessoas: vê as coisas como elas são e não como queres que sejam! É que objectividade é o que falta.
09/06/10
07/06/10
(...), mas isto é certamente defeito dos olhos que usamos, porque aí vem justamente uma mulher, e onde nós víamos um homem velho, vê ela um homem novo, o soldado a quem perguntou um dia, Que nome é o seu, ou nem sequer a esse vê, apenas a este homem que desce sujo, canoso e maneta, Sete-Sóis de alcunha, se a merece tanta canseira, mas é um constante sol para esta mulher, não por sempre brilhar, mas por existir tanto, escondido de nuvens, tapado de eclipses, mas vivo, Santo Deus, e abre-lhe os braços, quem, abre-os ele a ela, abre-os ela a ele, ambos, são o escândalo da vila de Mafra, agarrarem-se assim um ao outro na praça pública, e com idade de sobra, talvez seja porque nunca tiveram filhos, talvez porque se vejam mais novos do que são, pobres cegos, ou porventura serão estes os únicos seres humanos que como são se vêem, é esse o modo mais difícil de ver, agora que eles estão juntos até os nossos olhos foram capazes de perceber que se tornaram belos.
Memorial do Convento,
uma das mais bonitas passagens de.
05/06/10
03/06/10
01/06/10
“Baltasar Mateus, o Sete-Sóis, está calado, apenas olha fixamente Blimunda, e de cada vez que ela o olha a ele sente um aperto na boca do estômago, porque olhos como estes nunca se viram, claros de cinzento, ou verde, ou azul, que com a luz de fora variam ou o pensamento de dentro, e às vezes tornam-se negros nocturnos ou brancos brilhantes como lascado carvão de pedra”.
Memorial do Convento
Estas semanas têm sido uma sucessão de despedidas, de últimas vezes, e quase que se consegue palpar a mudança, o algo novo que vem sempre depois do adeus. E tu sabes que eu sou muito do passado, muito da melancolia, e isto das despedidas tem-me deixado meia atordoada. É que acho que nunca passei por mudanças tão grandes como aquela que aí vem. Estamos no fim. Estamos quase a chegar ao princípio. E tenho medo de não querer que acabe este pedaço de infância em mim.
Feliz dia da criança.
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