10/08/11

perdido no moleskine:

É difícil explicar-te. Não tenho palavras, matei-as todas. Se não há palavras para a dor então ela vai ficando progressivamente esquecida, até que desaperece. Nós pensamos em palavras e sentimos em palavras. Quando me doeram os pensamentos, quando me mataram os sentimentos, assassinei as palavras. Fechei-as num frasco impossível de abrir. Partiste-o. Fizeste questão de o partir. Não sei porque é que não fugi de ti. Tive medo, muito medo, tanto racional como irracional, mas puxou-me mais o desejo, o medo cedeu à curiosidade e não fugi de ti. (...)

Sem comentários: