27/09/11

I'm glad you didn't run away.

25/09/11

pavões de cristal, ii

pavões de cristal, i

O mundo está a voltar a ser pequenino, o que significa que estou a voltar a sentir-me grande.

24/09/11

Oh please don't let what was get in the way of what's next.
Don't forget that what's to come hasn't come yet.

os teus miminhos

E eu não escolheria melhor maneira de começar o Outono.

17/09/11

Tu irritas-me. Mas eu nunca fui de desistir antes de tentar quando não é certo se vou falhar.

qual é o prazo expiatório da minha espera?

3:12 da manhã.

pseudo-epifania iluminada às três da manhã com mozart

Apercebi-me agora que a vida é como um jogo de tetris: começa devagar e fácil até que se torna furiosamente veloz ao ponto de nenhuma peça encaixar mais. E aí o ecrã entope e game over.

15/09/11

A questão é: tu nunca chegaste ao ponto em que a dor é tão forte, múltipla e complexa que a tens de arrumar num baú, cavar um buraco e enterrá-la lá, para que os seus maléficos gases tóxicos sejam contidos ao ponto de se libertarem só - e na pior das hipóteses - de tempos a tempos em quantidades inofensivas para o ser humano. É esse o problema. Nunca irás compreender a minha dor, vais arrumá-la no balde social que convencionaste para a palavra "dor" e deixá-la lá com todas as restantes "dores" que te chegaram aos ouvidos. E vais tentar ajudar-me como ajudarias qualquer pessoa. Sou uma entre tantos pobres com uma senha na mão à espera que me dês da tua sopa, sou só mais um ponto percentual na tua estatística de problemas mundiais a resolver. E não sou orgulhosa ao ponto de fugir da tua pena, mas também não sou estúpida ao ponto de achar que o teu importo-me contigo quer dizer algo mais do que estás mal e eu, como líder-salvador-magnânimo-e-moralmente-correcto sinto-me no dever moral e ético de te ajudar.

Sempre haverão silêncios a separar os meus olhos dos teus,
sempre haverão perguntas abafadas nos meus,
e se a saudade me cantasse a beleza da vida
talvez pudesse então ver-te a cores.
Mas por hoje és preto-e-branco, desfocado,
és longe, distante e calado.
Sinto-me a perder-me a cada minuto corrido.
Onde está a tua mão esquerda
se não a segurar a minha mão direita?
Onde está o teu abraço
se não a calar os meus soluços?
Onde está a tua força leonesa
se não a matar os meus fantasmas?
Sinto-me a perder-me a cada minuto corrido,
mergulhada num lago gelado e encardido.
Se uma árvore tombar numa floresta vazia de pessoas e animais -
sem que haja um cérebro para processar as vibrações ondulares
e transformá-las em palavras -
ainda assim haverá som?
Posso mergulhar em água e congelá-la e só acordar quando for outro tempo?
Ninguém sabe. Ninguém quer saber.

14/09/11

num buraco sem fundo dá para cair para a eternidade

Preciso de oxigénio. Preciso de gritar por ajuda. Preciso de gritar. Preciso de fé. Preciso de me ir embora. Preciso de me ir embora. Preciso de oxigénio. Preciso de ajuda. Preciso de gritar. Preciso de ti. Preciso de ti. Preciso que me perguntes como estou para que eu te diga que estou algures entre a merda e o caralho. E que a vida é um caralho. E tu não estás ao pé de mim, nem fisicamente, nem emocionalmente. E não tenho fé que um dia me possas ajudar e isso é uma merda e um caralho.
Gostava que visses em mim as palavras que não tens a engasgar-te,
gostava que visses em mim as cordas que não tens a prender-te,
e que por um minuto eu te engasgasse e te prendesse,
te fizesse perder o ritmo,
baralhasse esse teu samba social,
que fosses fraco, por mim.

Gostava de te ter como tinta fluorescente a correr nas minhas veias,
de ter fios presos aos teus pensamentos,
de te sentir sempre preso aos meus pensamentos,
que derrubasses as minhas verdades mascaradas de dúvida,
que fosse fraca, por ti.

Mas estamos escondidos atrás dos nossos muros seguros,
estamos tão agarrados aos nossos muros seguros
que eu não chego a ver-te
e tu não chegas a olhar para mim.

12/09/11

Gosto da forma como me acalmas o espírito.

11/09/11

Não raras vezes tenho a sensação de que a minha vida continuou sem mim. Cada vez mais tenho a certeza que eu era uma peça que não encaixava, daquelas cuja ausência alivia a imagem em vez de a deixar vazia. É tudo uma questão de perspectiva, mas não raras vezes sinto que o mundo poderia prosseguir sem mim sem que isso fizesse diferença, porque há um encaixe para todas as peças e eu fico a sobrar. É esse o segredo que escondo no mais fundinho de mim. E estou tão cansada de procurar um lugar em que faça falta que o que me apetece agora é ir embora sem dizer a ninguém. A minha hipérbole não chega ao ponto de ponderar que ninguém sentiria a minha ausência, mas no quadro geral o puzzle ficaria completo sem mim e todos seguiriam em frente. E eu ficaria de fora a observar a minha vida continuar sem mim.

mistura explosiva de quase-outono e the killers

Há coisas que nunca vou esquecer (o sabor quentinho dos teus olhos no início dos dias frios de outono, as tuas mãos grandes e macias a percorrer os meus dedos, a euforia de te ver, o vazio da tua ausência, adormecer ao som das tuas palavras) e se amar é ter saudades e se ter saudades é recordar, então como é morre o amor?

eterno retorno

E eu já estive algures aqui, mas não soube exactamente ao mesmo.
I just want to show you what I know and catch you when the current lets you go. Or should I just get along with myself? I never did get along with everybody else. I've been trying hard to do what's right, but you know I could stay here all night and watch the clouds fall from the sky. This river is wild.
Não me venhas com tretas que não dá para esconder essa tua indiferença à minha alma. O que te apela é o meu exterior, não me venhas com tretas. É que eu vivo muito cá dentro e nunca te vi a tentar espreitar para aqui. E não há nada que mais me irrite nos dias que correm.
Tenho saudades de adormecer ao som de música clássica.

09/09/11

revolver

Há dias em que me revolves o estômago de medo, há dias em que és como um novelo preso na garganta que tenho de expelir. Há dias em que estás escondido atrás de milhares de pensamentos. Há dias em que desespero por te querer num outro universo, num outro contexto, numa utopia qualquer em que és algo que não conheces nesta dimensão. Há dias em que sonho trazer o teu eu-utópico para junto de mim e parece-me tão fácil quanto ensinar-te a ver o que afastas do teu horizonte visual. Mas uma coisa é certa: não há um dia em que não pense em ti, não há uma dia em que conceba o teu desaparecimento. É certo que estás na minha vida. E como poderia ser de outra forma? As pessoas entram na nossa vida sem o escolhermos e entram nos nossos pensamentos sem o controlarmos e não podemos ignorar estes aparecimentos espontâneos. Há que aceitar, pois como poderia ser de outra maneira? Não há um dia em que não pense em ti, e agora só me falta matar os pensamentos de revolver o estômago.

08/09/11

Tenho muitas fotos bonitinhas, conjugadas com uma feia feia preguiça de as editar.

ainda em Serralves

Talvez seja pela perfeição que representas, a todos os níveis. Porque sempre me atraíram as falhas e me aborreceu a sua falta. Mostra-me o teu lado negro, por favor.

07/09/11

Serralves, viii

Serralves, vii

Serralves, vi

Serralves, v

Serralves, iv

Serralves, iii

Serralves, ii

Serralves, i

Se ao menos pudesse sentir-te o coração, pegá-lo nas mãos e palpar-lhe as cicatrizes. Mas tem-no bem guardado nesses invólucros opacos, tão escondido. E porquê? Não sabes o que é isso de ser mais que um, pegar num e fazer dois. Não sabes, e como poderias saber se ninguém nasce a saber? Se ao menos pudesse sentir-te o coração, se ao menos pudesse ver os teus olhos, beijá-los e sentir as lágrimas que nele correram. Se ao menos pudesse sentir-te a palpitar nas minhas veias, ouvir o teu eco nos meus pensamentos, afagar os teus cabelos e sentir-te o coração. E assim afogar a solidão.