28/01/12

Às vezes questiono-me qual o sentido de guardar determinadas fotografias que reproduzem partes de uma vida que me pareceu outra e não esta mesma. E isso quer dizer que este fraccionamento da minha vida em dois pedaços está consumado, porque quando olho para elas já nem no fundinho do estômago surge um sucedâneo de ardor. De qualquer das formas, estas questões são inúteis, porque com ou sem sentido, sei que as fotografias e os vídeos da outra vida vão ficar. Nunca tive coragem para apagar nada.

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