30/03/13

sempre sempre sempre

Estou infinitamente cansada de tudo o que foi e temerosamente expectante com aquilo que vem. Talvez não me saiba explicar: estou sempre à procura de alguma coisa. Não só das coisas pequenas que perdi, mas das coisas grandes que me fazem falta. Vai sempre haver uma coisa grande a fazer falta, resta saber quando é que me vou fartar de procurar. (Quanto mais comes mais o estômago dilata? Comes muito e ficas cada vez com mais fome?) É muito triste ser assim. Estou sempre infinitamente cansada do que é, e incansavelmente desejosa do infinito. E daquilo que já foi? Dói-me no fundo, sim. Não posso negar que sou mais saudosista do que futurista. Provavelmente, o que de grande me faz falta é algo pequeno que perdi. Estou sempre à procura de uma casa quente, com uma lareira enorme, porque uma vez tive tanto frio que nunca a memória o vai esquecer.

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