25/04/09

Vapor

São sonhos de cores incertas,
São desejos de tardes despertas
Submersos no íntimo profundo,
São fantasias de um outro mundo.

São lembranças que eu esqueço,
São momentos em que permaneço,
São lágrimas sem história nem dor,
São sonhos de incerta cor.

São memórias, são luzes apagadas,
São velas ardidas e queimadas,
São relances de um sorriso vão,
São sonhos em segunda mão.

São desesperos que ninguém atende,
São vozes que ninguém compreende
São gritos que caem, quebrados,
Que se fragmentam em mil bocados.

Não são mais que simples pó,
Partículas de gente só,
São fantasmas que vagueiam.

Não mais concretas que vapor
São estas memórias de dor
Desejos que me bloqueiam.

8 de Dezembro de 2008

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