Escrevi, no meu papel, toda a verdade,
Lembrada num sonho acordado
E chorada num pensamento adormecido.
Escrevi-a e guardei-a no meu bolso.
Enterrei-a no mais fundo de mim,
E, habilmente, forcei-me a esquecê-la.
Tudo para que um dia viesses,
Com o teu olhar inquiridor,
Trespassar a minha mente,
Desprender o meu íntimo,
E descobri-la, há tanto tempo cravada.
E perdoa-me que eu não te contasse
Aquilo que outrora eu fui.
Mas tu abriste as minhas portas
E leste as minhas memórias,
Uma vez escritas em papel.
E agora, nunca te poderei negar
O quanto, um dia, eu amei.
Como os outros que por ti passam,
De olhos cintilantes,
Peitos ressoantes
E mentes iludidas.
Agora, não poderei desmentir
Que um dia, em tempos, vivi.
26 de Maio de 2009
3 comentários:
é horrivel quando dois olhos se colam em ti
ou porque é que o vêem. (se bem que isso me intimida)
gostei mesmo do ultimo verso.
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