29/06/09

Mil novecentos e oitenta e quatro

Bastou-te ver a tua imagem reflectida no espelho
Para que tudo mudasse, não foi?
Talvez sobrevalorizes demais esse reflexo,
Mas sim, és mesmo tu que te fitas com esses olhos cansados
E és mesmo tu que moves os maxilares,
Na tua cara ossuda e emagrecida
Pelo tempo que te privaram de comida.
Sim. És tu. E se és tu, corpo pequeno e frágil,
Diminuído pela doença,
Massacrado pela tortura,
A única esperança que nos resta,
Então devo dizer-te, meu amor,
Que estamos certamente condenados.
Mas isto sou só eu a falar e, por favor, não me ouças.
Ignora o que vês.
Sentes-te um herói?
Então sê um herói,
Mesmo que tenhas a aparência de um derrotado.


29 de Junho de 2009

5 comentários:

Rafaela disse...

é sim senhor. porque?
está buéda fixe o teu! *

Rafaela disse...

sim. não. quer dizer, não sei bem.
não tinha nada para fazer e escrevi umas coisas, nada mais.

Rafaela disse...

oh não estou confusa.
simplesmente comecei a escrever mas nunca mais lhe peguei. não gosto do 'tema' nem das personagens

Rafaela disse...

de certeza que seria melhor que o que estava a escrever.

Rafaela disse...

vou apagar o teu comentário que eu não sei quem vai ao meu blog. falamos pelo messenger.