Parece afastar-me mais e mais do seu termo.
E, assim, pergunto-me porque é que repito sem fim os mesmos erros.
Eu sei que percorro o meu caminho por vias erradas,
Piso chãos que não me pertencem,
E ainda assim tenho a ilusão de vir atingir o fim.
Porque é que eu insisto em procurar-me dentro de ti?
(porque eu não me consigo ver em mim,
mas apenas reflectida nos espelhos dos outros)
Eu sei que se eu seguisse o meu caminho
Indiferente, independente, determinada,
Se respeitasse as fronteiras e tomasse as direcções certas,
Se eu caminhasse sempre na mesma linha,
Em vez de me guiar por forças desconhecidas
Que me fazem andar em curvas fechadas,
Eu iria dar comigo mais depressa.
Mas não. Eu escolho andar em círculos,
Ou pelo menos não me consigo forçar a outra maneira,
E cruzo caminhos,
Avanço e regresso,
E é assim que tento descobrir quem eu sou.
E o estranho é que eu sei que é por isso que a cada passo que dou,
Estou mais longe, mais distante ainda,
Do fim, que sou eu mesma.
Talvez esteja na altura de mudar.
30 de Junho de 2009
3 comentários:
como eu te compreendo :-O
é sempre assim. mas enfim,..
tenho de exprimentar x)
Gosto imenso dos teus textos....
tens muito geito mesmo.
^_^
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