E tu sorrias com pureza de todas as palavras ouvidas,
O sol parecia bilhar com uma força mais clara,
A vida sucedia-se a cores vivas
E ouvia-se mais vividamente.
Todas as melodias, por mais melancólicas,
Acabavam com uma nota de esperança.
E é estranho que me lembre tão bem destes verões.
É que tem chovido tanto
Que os raios luminosos do sol,
As cores em que se desdobrava a realidade,
Surgem com a distância de algo irreal, como um sonho.
Mas a memória não me tiram,
As minhas memórias não morrem.
E como uma agradável história de adormecer
Lembro-me de todos os teus sorrisos
E dos mundos em miniatura que construíamos juntos
Moldando a areia molhada debaixo do sol quente do meio-dia.
Como estávamos iludidos!
Ou antes, quão inocentes éramos.
Éramos inocentes, quando pensávamos que podíamos ser felizes;
Éramos inocentes, ao acharmos que podíamos fazê-los felizes.
Mas acreditávamos em nós e na felicidade
E isso era o que bastava.
Mas depois tu perdeste-te.
Um dia choveu, e tu perdeste-te na chuva.
Nunca mais foste o mesmo,
Perdeste a inocência,
Perdeste a graça.
Como foi que te desencontraste de tal forma
Para que não desses mais com o nosso areal de brincar?
23 de Julho de 09
3 comentários:
que coisa tao bonita, a sério! :')
tenho pena que ele nunca mais tenha encontrado o areal. mas às vezes não é preciso começar a chover para se perder o caminho, o que é ainda mais triste :\
ah, as fotos foram tiradas no acampamento das guias ao qual eu ia mas acabei por não ir.
fui só lá passar o domingo e tirei estas fotos
"As minhas memórias não morrem."
É verdade as memórias nunca morrem, ficam sempre e marcam-nos... Adoro teu texto está mesmo lindo...
Tens tanto jeito... n_n
obrigada pelo comentário... bjt
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