Eu nunca tive medo de sentir,
Mas sempre tive medo de me perder.E o mais difícil é perceber
Como ceder o meu coração
Sem oferecer todo o meu ser.
Pois nós, os seres de coração,
Pensamos sempre
Que dar o coração é dar tudo.
E nós, os seres de razão,
Temos sempre aversão
A dar tudo pelo coração.
E depois o que me vale?
Tu: o adormecimento das dores,
O entorpecimento das dúvidas.
E então nós, os seres de coração
Acabamos sempre por ceder,
Por dar todo o nosso ser.
E nós, os seres de razão
Acabamos sempre por nos iludir
E acreditamos que somos nós
Os que escolhemos sentir.
E eu, que nunca tive medo de sentir,
Perco todo o medo de me perder,
Quando, ao teu lado, me sinto encontrada.
8 de Outubro de 2009
1 comentário:
está muito bom.
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