Não há nada,
A não ser o meu corpo despido.
E às vezes sinto-me assim, nua,
Apesar do cobertor que me aconchega,
Sabes?, quando preciso de calor.
É sobretudo quando estou fria por dentro:
Por mais cobertores que me cubram,
Continuo a sentir-me nua,
Num quarto vazio todo branco.
As palavras são um caminho fácil
E tu gostas de desafios.
Então, peço-te que feches os olhos
(sem usar palavras, é claro)
E tu concedes-me o desejo.
Olho para ti: andas diferente,
E decido fechar os olhos,
Porque hoje não quero pensar.
Hoje quero-te quente,
Quero aquecer-te,
Quero-te em fogo,
Para depois me poderes aquecer.
É que às vezes sinto-me assim, nua,
Por causa do meu quarto frio.
23 de Janeiro de 2010
1 comentário:
gosto muito deste, é muito profundo, e bonito.
beijinhos
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