23/01/10

Sangue de céu

Pega no pedaço de espelho quebrado,
Rasga o céu azul
E mancha-o de vermelho,
Ou da cor que tu quiseres que seja o sangue.

Fecha os olhos pesados
E ouve de uma vez por todas
O que quero ver-te a ouvir.

Lembras-te de quando sonhávamos?
O céu era azul
Mas agora não faz sentido continuar azul,
Pois não?

Lembras-te de quando chorávamos?
O céu era azul
Mas agora tem-no querido de outra cor,
Não é?

Por isso pega no vidro afiado
E rasga o céu
Outrora azul
E pinta-o
Da cor que quiseres que seja o sangue.

12 de Janeiro de 2010

1 comentário:

Elisabete disse...

gosto muito dos teus poemas, tem muita criatividade =]