E a vida dorme nas suas camas,
Em silêncio,
Ouço-os melhor.
Vêm todos a voar para mim,
Ocupam o espaço à minha volta
E cortam como vento,
Martelam o meu pensamento,
Disputam a minha atenção,
Os monstros.
Então eu grito.
Grito para que se vão embora,
Choro para os afugentar,
Fecho-me dentro de mim
Enrolada nos lençóis.
Mas no escuro do silêncio
Acabo por os deixar entrar.
São a minha única companhia,
Os monstros.
Agora, sem vento nem vozes,
Mantenho os olhos abertos
Porque eles não mos deixam fechar.
Para cortar o silêncio,
Hoje vou dormir de luz acesa.
9 de Agosto de 2010
2 comentários:
gostei mesmo!
não há mais nada para que tenhas jeito, inês? o:
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