Nunca querias viver sem me poderes contar o que vivias, e nunca querias que eu vivesse algo que não te pudesse dar em palavras. O que é certo, hoje, é que dou por mim a falar comigo mesma sobre o meu dia. Eram tantas as coisas que teria para te contar, se ainda vivesses para me ouvir. Tudo bem, eu não me importo. Também não compreendias como eu compreendo as coisas que vivo e, bem, nunca gostei de relatar. Tudo bem, eu não me importo. É mentira o que dizem. É mentiram o que dizem. É mentira o que dizes. É mentira o que disseste. Nunca nada foi verdade.
E que piada tem viver se tudo o que vives fica preso na tua cabeça?
Não sei, porque também nunca vivi muito. Mas se calhar é por viver pouco que tenho esta estúpida necessidade de partilhar as ninharias. Que nunca partilho, na verdade. E já lá vai mais de um ano.
Não, não tem piada nenhuma. Está absolutamente tudo bem e eu não me importo.
Sem comentários:
Enviar um comentário