07/01/11

Não há coisa que eu mais odeie sentir que o ódio. Não há nada que me faça sofrer mais. O ódio corrompe-me, desgasta-me, mantem-me acordada. Deixa-me impotente, indefesa, fechada. Dói. Muito. E nunca antes tinha sentido tanto ódio. A causa? O desprezo, a antísese do amor, a nulidade, a inexistência. Odeio inexistir e odeio aqueles que me mataram. E o ódio é uma prisão da qual eu não posso sair. É um pesadelo para o qual eu acordo todos os dias. Mais um dia a inexistir, mas um dia a arder por dentro, mais um dia com martelos no coração. Odeio-te. Odeio-vos. Odeio-me. E o ódio é o sentimento mais feio de todos, mas não é o mais indigno. É apenas o dos mais fracos. Aqueles que amam o que odeiam. Porque os fortes, esses, desprezam.

São três da manhã e o ódio é uma fogueira acesa a manter-me acordada. E amanhã vou ser um bocadinho mais zombie que o costume, mas ninguém vai reparar.

3 comentários:

catarina disse...

ai, muito muito obrigada :3

catarina disse...

o ódio corroi muito, nao é?

Inês Ferreira disse...

Sim, completamente.