18/07/09

Aconchego

Quando acordei, reparei que estava sozinha.

Falei para tudo em meu redor,
Na esperança vã de obter resposta,
E abracei-me a mim mesma,
Na esperança vã de me aconchegar.
Chorei e fui o meu próprio ombro,
E nas (raras) vezes em que sorri,
Apenas eu sorri comigo.
Quando caí, tropeçada na minha sombra,
Levantei-me com a ajuda da minha própria mão.

Apenas o vento gelado melodizava a minha solidão,
Acompanhado pelo som de correrias ao longe.

E eu senti tanto frio.

Quando acordei, quis que me abraçasses.
Talvez assim o vento não fosse mais gelado,
Talvez assim as correrias não fossem um som tão distante.

18 de Julho de 09

1 comentário:

Rafaela disse...

eu abraço-te! juro que sim!