Pelo menos não o suficiente
Para me fazer querer andar,
Para me abstrair da dor.
Não compreendo porque é que custa tanto andar.
Os meus passos são esforços redobrados,
São inseguros, são demorados.
Sinto-me bem no escuro da noite
(ou pelo menos não tão mal)
Na rua em que os carros passam sem parar,
Em que as pessoas andam sem me olhar.
É bom ser invisível.
É como se não existisse.
E a não-existência é sempre mais fácil.
Deixas-me com vontade de ser invisível,
Para não ter de falar e fingir que estou bem,
Dás-me vontade de me sentar na relva e não dizer nada.
Eu não te compreendo.
E só barulho silencioso da noite compreende
O silêncio que construíste em mim.
20 de Novembro de 2009
1 comentário:
eu gostava de ser invisível.
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