love is not roses.

medos da meia noite:

I know you're going away, I take my love into another day. In my thoughts you're with me. I fell in love with your ways. I know you're going away, leads my heart into a daze. I know you're going away, leaves a void in my heart and soul. Wherever you are, whatever you do, I feel the walls surrounding you. Wherever you are, whatever you do, I know you are independent but I'm trying to get through to you. Wherever you are, wherever you are, don't you know, it all depends on you?

"It doesn't hurt me. Do you wanna feel how it feels?"

Se a minha vida fosse uma frase, era esta. Porque eu não sou feita de pedra, embora gostasse, mas ao menos posso esconder-me por detrás da ironia.

love is meant for nothing but to hurt.

Esta noite tive sonhos agitados e acordei calma numa cama de lençóis revolvidos. Pouco tempo depois, voltei a acordar. A cama estava direita. Mas dentro de mim tudo está ao contrário.

Para eu não me esquecer mesmo, o Windows Live enviou-me um lembrete do meu próprio aniversário.

anotações:

*desabafos da minha mãe, a estudar Direito Romano em 83/84.

Ontem o fim de tarde soube-me a um verdadeiro Outubro. Porque lá não há vento frio, nem passeios ao entardecer, nem beijos de nariz gelado, nem as tuas mãos a aquecerem-me, nem há aquela sensação agridoce de não ter tido que chegue de ti. Lá é desprovido de qualquer beleza, lá Outubro não é meu.

As minhas fotografias andam com tão péssima qualidade, que acho (não, não acho) que um dia (quando tiver tempo e ciência) vou reeditá-las todas .

they want me to be part of the institution.

a vida é uma viagem, e há sempre pessoas que vão ficando no caminho.

You're waiting for a train, a train that will take you far away. You know where you hope this train will take you, but you can't be sure.

But it doesn't matter - because we'll be together.

* Inception (2010)

eu tenho tirado fotos todos os dias.

Mas fora isso, a minha vida é ius ius ius.

now i know i'm a past positive.

Mais de vinte anos depois, cá estou eu a ler Sebastião Cruz, como a minha mãe (com a diferença de que eu não sublinho todas as frases).

momentos de sol em polaroids

horas e horas e horas.

nunca mais é sexta feira,

Foi o meu primeiro pensamento do dia. E passo assim as semanas. Se o tempo passava rápido, sei que agora vai passar mais, porque não o vou contar em dias, mas em semanas. E é assim que me vou arrastando, dia após dia, porque as saudades são mitigadas pela certeza de que te vejo na sexta-feira, todas as sextas-feiras. Mas depois há alturas em que sinto o ar fugir à minha volta, porque apercebo-me de que enquanto o nosso amor durar (e vê que eu espero que dure para sempre), o tempo vai ser sempre contado às semanas e vou viver sempre à espera de sexta-feira. Ora, tu sabes bem que eu não gosto de viver no futuro, causa-me angústia: para mim o passado é mais confortável, porque não há a pressão da ansiedade. É por isso que me falta o ar. Por isso e porque nunca mais é dia de te ver.

continuo em modo franz ferdinand:

Wherever you are, whoever is there, you'll know that I'll be here, I'll be here, wishing I could be there. Wherever you are, whoever is there, you'll know that I'll be here, I'll be here, wishing I could be there. So I'm gonna live alone. I'm not saying that our love is the greatest, but I'm in love with you, wanna stay in love with you, so I'm gonna live alone.

Adolescer

Pegam em ti sem te tocarem com os dedos
E mergulham-te em água que gela e que escalda,
Só para ver se vais conseguir respirar.
Comem-te o tempo, comem-te a cabeça,
Tentam comer-te os pulmões,
Só para ver se vais conseguir respirar.
E tu, que ainda seguras o coração nas mãos
Porque o achas pequeno demais para o libertares,
És forçado a largá-lo, para teres as mãos livres
E ver se consegues continuar a respirar.

(um dia decidi trocar-me por um curso.)

(...) oh oh, then suddenly you know you're never going home, you're never, you're never, you're never, you're never, you're never, you're never, you're never going home.

Tudo o que eu quero é sair daqui e nunca mais voltar.

o passado soa sempre a mais feliz.

Lembrei-me agora que ontem passou um ano desde que fomos passar a tarde juntos, nos sentámos nos bancos do Rossio e tu me aqueceste as mãos (lembro-me de depois lhe dizer como as tuas mãos eram macias). Estava a chover e os dias de frio estavam a começar. Ficámos juntos até à noite, e eu senti o típico vazio de te teres ido embora, quando foste antes do meu pai chegar para me levar para casa. Acho que foi a primeira vez em que tirei fotografias às árvores ao pé de ti. Oh, como eram dias felizes e como isso me faz triste.

dor de pensar.

Fernando Pessoa já o explicou antes. Começamos por pensar (e viver a pensar não é assim tão comum; a grande maioria de nós relega o pensamento para segundas prioridades e vive vivendo). Começamos por pensar em nós até descobrimos quem somos. Depois viramo-nos para os outros (e se já são poucos os que vivem pensando, menos ainda são os que vivem pensando nos outros). Aí percebemos que o mundo não tem mais nada para nos oferecer que incompreensão. Os homens são viciosos, o mundo é pobre em valores. Então, cada vez mais desiludidos com o mundo e com as pessoas, viramo-nos cada vez mais para dentro de nós. E assim nos tornamos seres solitários, fechados em nós, cada vez mais egocêntricos, cada vez mais alheados. Afastamo-nos cada vez mais dos outros homens e um dia ser-nos há difícil reconhecer-nos como humanos.

ultimamente ando a pensar muito na "nostalgia da infância perdida".

Isso quer dizer que ando infeliz.

um dia vou tornar-me daquelas pessoas que vivem a fugir das pessoas,
mas primeiro tenho de arranjar um gato.

A minha vida é uma merda.

E por mais que eu gostasse de poder pensar que a culpa é minha (e que, portanto, podia resolver a minha vida mudando-me apenas a mim), parece-me cada vez mais que as pessoas à minha volta é que me enterram, enterram e enterram como se me quisessem matar.