Bastou-te ver a tua imagem reflectida no espelho
Para que tudo mudasse, não foi?
Talvez sobrevalorizes demais esse reflexo,
Mas sim, és mesmo tu que te fitas com esses olhos cansados
E és mesmo tu que moves os maxilares,
Na tua cara ossuda e emagrecida
Pelo tempo que te privaram de comida.
Sim. És tu. E se és tu, corpo pequeno e frágil,
Diminuído pela doença,
Massacrado pela tortura,
A única esperança que nos resta,
Então devo dizer-te, meu amor,
Que estamos certamente condenados.
Mas isto sou só eu a falar e, por favor, não me ouças.
Ignora o que vês.
Sentes-te um herói?
Então sê um herói,
Mesmo que tenhas a aparência de um derrotado.
Para que tudo mudasse, não foi?
Talvez sobrevalorizes demais esse reflexo,
Mas sim, és mesmo tu que te fitas com esses olhos cansados
E és mesmo tu que moves os maxilares,
Na tua cara ossuda e emagrecida
Pelo tempo que te privaram de comida.
Sim. És tu. E se és tu, corpo pequeno e frágil,
Diminuído pela doença,
Massacrado pela tortura,
A única esperança que nos resta,
Então devo dizer-te, meu amor,
Que estamos certamente condenados.
Mas isto sou só eu a falar e, por favor, não me ouças.
Ignora o que vês.
Sentes-te um herói?
Então sê um herói,
Mesmo que tenhas a aparência de um derrotado.
29 de Junho de 2009